O transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH) é caracterizado pela presença de sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade em grau inconsistente com o nível de desenvolvimento (SILVA, et al., 2015; WAGNER, ROHDE, 2016). Segundo o DSM-5 (APA, 2014) o TDAH se classifica entre os transtornos do neurodesenvolvimento, que são caracterizados por dificuldades no desenvolvimento e que se manifestam precocemente e influenciam o funcionamento pessoal, social, acadêmico e pessoal.
Diagnóstico
O diagnóstico do TDAH é clínico e baseado nos critérios operacionais definidos de acordo com sistemas classificatórios, como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) ou a Classificação Internacional de
Doenças (CID-10). Esses sistemas apresentam nomenclaturas diferentes – transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (DSM-5) e transtorno hipercinético (CID-10), a CID exige a presença de sintomas em todas as dimensões (hiperatividade- impulsividade e desatenção) para o diagnóstico, enquanto que o DSM-5 prevê a existência de apresentações clínicas distintas de acordo com a predominância de sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade (WAGNER, ROHDE, 2016).
Para o diagnóstico, deve ter início antes dos 12 anos de idade. Pode estar associado ao comprometimento em uma variedade de contextos na vida da criança, podendo levar, em casos de persistência na vida adulta, a significativas dificuldades acadêmicas, sociais, profissionais e interpessoais (SILVA, et al., 2015).
A fisiopatologia
A fisiopatologia do TDAH é complexa e parcialmente compreendida, sem que haja uma causa específica, sugerindo etiologia multifatorial, com uma combinação de fatores ambientais, genéticos e biológicos. Mas, os aspectos genéticos multifatoriais são os principais fatores que predispõem ao surgimento do transtorno. Uma evidência é a frequência do TDAH em membros de uma mesma família (PETERSEN; WAINER, 2011).
Para se indicar um paciente com TDAH para TCC, é importante uma avaliação diagnóstica. Sintomas isolados de TDAH também podem ser encontrados em outras patologias da infância/adolescência (WAGNER, ROHDE, 2016).
Para um diagnóstico preciso é necessário compreender os sintomas na história de vida da criança ou do adolescente. Fontes de informações variadas, pais, professores, médico, contribuem para o processo de avaliação (WAGNER, ROHDE, 2016).