Educar um filho pode ser uma tarefa intensa. Em diversos momentos os pais podem se questionar se estão fazendo “a coisa certa”. Uma coisa sabemos, as crianças não vêm com manual de instruções e não existem mágicas que irão solucionar maus comportamentos ou problemas emocionais de um dia para o outro, trata-se de um exercício diário, realizado de maneira assertiva. Nesse texto vamos falar um pouco sobre as questões de limites.
O que são limites?
Para começar, o limite não é, necessariamente, uma restrição, na verdade ele deve estabelecer regras e uma rotina, que irão auxiliar a criança na construção da autorregulação do comportamento social, da capacidade de se expressar, do respeito, da obediência às regras morais e sociais e da flexibilidade para lidar com as frustrações nas suas vivências diárias.
Talvez a questão principal para os pais é como dar o limite de uma maneira mais adequada. Uma das formas, que trazem melhores resultados, de fazer isso é conseguir apresentar regras e exigências, mas em compensação oferecer também afeto e a participação dos filhos na construção dessas regras.
Estudos indicam que quando os pais conseguem fazer isso, as crianças compreendem o que é respeito mútuo e que o seu comportamento sempre tem consequências (Weber, 2014).
Algo que os pais necessitam saber é: será preciso repetir inúmeras vezes a mesma informação para o seu filho, desde as combinações mais simples, como a hora de ir dormir, até as mais complexas. As crianças internalizam os combinados através da repetição, por isso falar diversas vezes faz parte do processo de construção do limite.
Em relação aos combinados, é preciso explicá-los à criança, explique os motivos desse combinado e o mais importante não quebre essa regra. Quando for explicar as regras se abaixe na altura da criança, fale com um tom de voz adequado, ouça a opinião da criança.
As crianças não ficam infelizes com a imposição de regras e limites. Pelo contrário, sentem-se mais seguras sabendo o que podem ou não fazer, e podendo prever o que ocorrerá em caso de descumprimento.
A rotina atribulada do dia-a-dia pode fazer com que os pais sejam mais permissivos, mas o limite é importante para a criança. O que é preciso é construí-lo mediando as regras com o afeto. Por isso, reserve um tempo para ser mãe e para ser pai, pois, com certeza, fará muita diferença nas vivências e no aprendizado do seu filho!
Weber, L. (2014). Eduque com Carinho: Equilíbrio entre amor e limites. 5ª edição. Curitiba. Editora Juruá.